Apos lagrimas torcedora do verdão, pede aos jogadores: "joguem a vida"
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O choro de Julia, de 14 anos, representou o sentimento de milhões de palmeirenses pelo mundo. O Botafogo ainda vencia por 2 a 1 em Araraquara, neste domingo, quando a torcedora alviverde foi captada em desespero pelas câmeras, sem acreditar na complicada situação do time no Brasileirão. As lágrimas, no entanto, logo se tornaram pulos de alegria, com o gol de empate que fez a torcida voltar a acreditar na recuperação da equipe. Triste com a situação do Verdão, a adolescente acredita resumir o sentimento de toda a torcida quando faz um pedido aos atletas: jogar a vida para livrar o time da Série B.
O fanatismo pelo Palmeiras vem do berço. De família palmeirense, a menina de 14 anos herdou a paixão do avô, italiano. Com a punição sofrida pelo clube no STJD e mudança dos jogos para Araraquara, cidade onde mora, Julia não perdeu a chance de ter contato com os ídolos. Fez plantão na porta do hotel, pegou autógrafos e até seguiu o ônibus do time pela cidade... Ainda emocionada, admite que não viu Barcos dominar a bola no peito e chutar no ângulo do goleiro Jefferson, para empatar e amenizar o sofrimento alviverde.
– Foi muito desespero, nem vi o gol. Já eram 46 minutos do segundo tempo e falei: ‘Meu Deus, já era, acabou’. Comecei a lembrar a trajetória do Palmeiras no ano e a chorar de desespero. Eu não quero que o Palmeiras caia, ninguém quer. Comecei a chorar muito, e meu amigo me pediu para parar. Abaixei a cabeça para limpar o rosto, escutei todo mundo gritando e levantei para ver se a bola tinha entrado. Na hora em que vi que estava dentro do gol, saí pulando. Fiquei com a maior esperança de que fosse fazer o terceiro gol – disse Julia.
Apesar de tudo ir contra, ainda dá. Só vou deixar de acreditar quando realmente estiver rebaixado"
Julia, torcedora do Verdão
Mesmo com o empate no fim, a rodada foi muito ruim para o Verdão. Bahia e Sport venceram seus jogos e, a quatro rodadas do encerramento do Campeonato Brasileiro, o time está a sete pontos do Tricolor baiano e da Portuguesa, 16º e 15º colocados, respectivamente, os últimos que hoje se salvariam da queda para a Série B.
Apesar de muitos palmeirenses já terem abandonado a esperança pela salvação, Julia promete acreditar até o fim. Sem se preocupar com o fato de representar todo o sentimento da torcida neste momento delicado, a menina assume o papel de porta-voz dos palmeirenses e faz uma cobrança o time.
- Apesar de tudo ir contra, ainda dá. Só vou deixar de acreditar quando realmente estiver rebaixado. Se eu pudesse fazer um pedido para os jogadores, seria para jogarem como se fosse a vida deles. É muita gente que está triste com tudo isso. Quando eu estava lá, todos os palmeirenses falaram que naquela hora eu expressei o que estavam sentido.
Paixão registrada
O caderno com o escudo do Palmeiras é companheiro de Julia desde o ano passado. Com sonho de ser jornalista, ela mantém um blog sobre futebol e, na agenda, anota tudo sobre os jogos do Verdão: gols, reportagens, fotos, comentários e até relatos do que ela própria sentiu durante as partidas. O jogador predileto, ela tem na ponta da língua: Henrique, pela raça demonstrada durante as partidas. Empenho que, segundo ela, tem faltado a alguns companheiros do zagueiro no Brasileirão.
– Ele é guerreiro. Ontem (domingo), com o time perdendo, ele largou a zaga e foi ao ataque. Isso que falta para os outros jogadores do Palmeiras. A diretoria não teve pulso firme, e nem alguns jogadores. Mas nem todos – declarou.
Muito nova, ela lembra pouco da queda alviverde em 2002 e do acesso conquistado no ano seguinte. Com o rebaixamento batendo à porta novamente, inclusive, é até difícil recordar que o Verdão comemorava o título da Copa do Brasil há quatro meses. Conquista que Julia comemorou toda vestida de verde, correndo pelas ruas de Araraquara. Cena que espera repetir no dia 2 de dezembro. Desta vez, para celebrar a permanência do Palmeiras na elite do futebol brasileiro, e um fim de ano digno para a torcida.
fonte : Globo Esporte
Olá Julia, sou Baiano e sou Palmeirense. Enquanto houver o mínimo de possibilidades eu acredito, quando não houver mais possibilidade, ainda assim serei Palmeirense. Força Palestra, tamo junto!
ResponderExcluiracreditar que é possível,mas se o caminho do palmeiras,é cair,o palmeiras sempre irá se erguer.
ResponderExcluirA nação alviverde,não tem que provar o seu valor ou quantos títulos conquitou ao longo de sua existência.Devemos acreditar em dias melhores já que nenhum dia é igual a outro.