Nesse
domingo (3/2) acontece a 4ª rodada do Paulistão 2013. O São Paulo enfrenta na
Vila Belmiro, o Santos. O clássico de hoje fica marcado como o primeiro jogo de
Ganso contra o ex-clube, que enfrenta o amigo Neymar, hoje. Amizade essa que
deve ficar beeeem longe das quatro linhas. Claro que a torcida santista deve
pegar no pé do Maestro, essa tarde, mas a torcida que realmente deve importar,
para Ganso, é a Nação São Paulina: “...Espero
conquistar uma vitória contra meu ex-clube. Vou dar meu melhor para
vencer".
Mas no
post de hoje, quero falar um pouco da história desse clássico. Dos clássicos
paulistas, o Majestoso, pra mim é sempre o mais tenso. Como São Paulina, sempre
vejo o São Paulo x Corinthians com um pouco mais de furor que os outros. Porém,
o San-São, geralmente é onde eu consigo assistir, realmente, uma bela partida
de futebol.
Thomaz Mazzoni |
O nome do clássico:
Foi
Thomaz Mazzoni quem deu o nome de SanSão a esse clássico. Thomaz
Mazzoni foi um
importante jornalista do extinto jornal A Gazeta Esportiva, ele acreditava que
o futebol não poderia ser tratado como uma editoria qualquer, e criou uma nova
maneira de falar com o seu púplico alvo: o torcedor. Eu, como São Paulina, me
orgulho de dizer que torço pro Time da Fé! Já disse isso aqui, e saibam que foi
ele também que criou esse termo. Além das matérias clássicas do diário, ele
ficou conhecido também por apelidar os principais clássicos de São Paulo. Ele
criou o nome de “Choque Rei” para o São Paulo x Palmeiras, chamou o Corinthians
x São Paulo de “Majestoso”. Para o duelo entre Santos e São Paulo ele foi mais
simplista: “SanSão”. Mas mesmo assim funcionou e esse é hoje o único clássico
paulista em que o uso das iniciais dos times pegou como apelido.
Vamos falar das estatísticas:
Em
todos os jogos, o São Paulo já jogou contra o Santos exatas 242 vezes. No
geral, o Soberano é Soberano no San-São: São 107 vitórias contra 74 derrotas; e
61 empates. Nos gols, o São Paulo também é soberano: Em cima do peixe, já foram
marcados 425 (que venham mais!), contra 340. O maior público do clássico foi em
16 de novembro de 1980, 122.535
torcedores assistiram a vitória do tricolor no Morumbi: São Paulo 1 x 0
Santos.
A primeira partida:
O
primeiro clássico entre São Paulo e Santos, foi em 1930, também pelo Campeonato
Paulista. O São Paulo ainda era o São Paulo da Floresta e o clássico que aconteceu
no dia 11 de maio terminou empatado, em 2 a 2.
O maior chocolate:
A
maior goleada do clássico é (como sempre ouço) o ETERNO NOVE A UM. Sempre
disse, e sempre irei dizer que sou APAIXONADA pela história do meu tricolor. Já
li alguns relatos e crônicas dos arquivos na internet e pelo que li, a virada
foi magnifica! Aconteceu em 1944 pelo Campeonato Paulista. Naquela partida,
muitos acreditavam que o Santos surpreenderia o Tricolor. O clássico começou
com uma preliminar histórica, um San-São com resultado final de 14 x 0 pro time
de categoria menor do Tricolor. Sim, QUATORZE! No jogo principal, o Santos saiu
na frente aos 11’ com Solar, e queria mais. O Santos atacava o São Paulo na tentativa
de decidir o clássico logo a primeira parte do jogo. Mas o São Paulo se
aproveitou dos espaços deixados pelo Santos e partiu nos contra-ataques e aos
27, Pardal empata o jogo pro Tricolor. O empate desestabilizou os santistas que
deixou que o Tricolor dominasse aquela partida! Com o time nervoso, aos 38, o
Santos deu um pênalti pro São Paulo, e Pardal converteu. 2 x 1 pro tricolor. Aos
42, pra desespero dos santistas,Remo recebeu na frente e sem dificuldades
aumentou o placar pra 3 a 1. Já era uma goleada! Fim do primeiro. No retorno, o
Tricolor não esperou muito pra marcar o quarto, Tim marcou aos 3’ pro São
Paulo! 4 a 1. “Neste momento o céu
nublado cede lugar à chuva, que desaba sobre o Estádio Municipal tornando o
gramado escorregadio.” (Conrado Giacomini, O Estado de São Paulo). O Santos
não faria mais nada. Aos 11, veio o quinto gol. Da cabeça de Luizinho pra rede
santista! Já era um belo chocolate...Aos 27 veio o gol de cabeça do Joãozinho, pro
fundo do gol! “A chuva cessa, o tempo
escurece na capital paulista e acendem-se os refletores. Só o São Paulo não pára.”
(Conrado Giacomini, O Estado de São Paulo). Nos 37, depois do cruzamento de
Pardal, Sastre marcava o oitavo gol! Que chocolaaate! Faltando 3 pro final da
partida, Remo marca da pequena área! SIM o São Paulo mostrou que era grande,
tal como o placar daquele SanSão!
Futebol
é a palavra que me vem à cabeça quando penso nesse clássico. Não por causa dos
grandes ídolos do passado, nem por causa dos ídolos atuais, dos dois times é
claro. Mas na maioria das vezes que parei pra ver um San-São eu vi dois times
que, justamente por causa do peso dessas camisas, jogaram um futebol belo. O
que faz esse dois grandes times jogarem dessa forma é a bela história de cada
um. Grandes conquistas, não apenas, mas BELAS conquistas.
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