Eu
costumo falar que prefiro a Libertadores, que as provocações deixam os jogos
mais emocionantes, porém tudo tem limite, as cenas que vimos ontem no fim do
jogo são lamentáveis. A equipe uruguaia agiu de forma covarde.
Ontem o
Palmeiras no segundo tempo foi exatamente o que a torcida queria ver, aquela
vitória tampou a ferida causada pela queda do Paulista. A virada foi heroica,
Eduardo Baptista mexeu muito bem no time, Willian foi o homem o jogo, o Jean
finalmente acordou. Foram tantos acontecimentos que fica difícil listar tudo
aqui.
Fim de
jogo e início de uma grande confusão, que ainda vai dar muito o que falar. As
provocações começaram no jogo passado, os jogadores do Peñarol estavam todos
revoltados com o Felipe Melo. Fim da partida e assim inicia a caçada ao nosso
jogador, mas vamos por partes.
A mídia
focou suas imagens na corrida do Felipe Melo e o soco que ele acertou no
jogador adversário, porém enquanto isso acontecia, 4 jogadores partiam
covardemente para cima do Prass. Willian apareceu com o rosto todo machucado e
até agora eu não vi o que aconteceu, quem fez aquilo e quantos foram para cima
dele, não sei se ele provocou. A maioria dos programas esportivos passam na
hora do almoço e nesse horário eu já entrei no estágio, portanto escrevo esse
texto ainda com dúvidas.
E para
fechar a noite com chave de ouro, Eduardo Baptista surtou com a imprensa,
confesso que por essa eu não esperava ele é sempre tão calmo. E é justamente
para essa entrevista que eu gostaria de dar foco nesse texto.
Eu sou
estudante de jornalismo, estou no segundo ano e justamente de quarta-feira tenho
aula de Teorias do jornalismo. Acabamos de encerrar um conteúdo sobre fontes.
Eduardo criticou o texto de Juca Kfouri, que optou por proteger suas fontes ao
citar possíveis acontecimentos no elenco palmeirense. Quando optamos por preservar
nossa fonte, nos tornamos responsáveis por aquilo que foi dito, e foi exatamente
isso que aconteceu ontem.
A mídia
sempre inventa crises dentro do Palmeiras, sempre diz que tem brigas e elenco
rachado, qualquer resultado ruim citam como consequências de um ambiente com um
clima desagradável. Como nosso treinador disse, realmente o futebol está
virando revista de fofoca.
Na minha
opinião se não tem conteúdo para fazer reportagens, não inventa. Assistimos um
filme justamente para essa aula de quarta, onde um rapaz forjava suas fontes e
a maioria dos seus artigos eram falsos. Então eu me pergunto até que ponto
somos capazes de chegar para manter um assunto entre os mais comentados?
Realmente
atualmente é difícil, as notícias surgem com grande velocidade, mas agir de má
fé não é ético. Não sei o que aconteceu realmente, não posso afirmar se ocorreu
ou não um desentendimento, mas pelo jeito que o Eduardo estava alterado, ele me
pareceu verdadeiro em suas palavras.
O
jornalista pode sim optar por não revelar suas fontes, porém esse ato envolve
algumas consequências, como eu já citei. É preciso saber ser jornalista e
exercer o jornalismo, acredito que a história de jornalista não precisar de
diploma tem dificultado muito essa questão.
Mas,
quero encerrar meu texto com algo que eu aprendi nessa minha tão citada
matéria, é preciso ter cuidado com suas fontes, elas vão sempre contar suas
versões de acordo com seus valores e interesses e nunca se esqueçam ao optar
por deixar sua fonte no anonimato, você se torna responsável pelas palavras
dela.
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