Fui pensar em uma apresentação sobre mim, para as
administradoras do blog. Um filme passou na minha cabeça e como é sobre mim, eu
dei risadas ao lembrar-me disso. Eu sou uma pessoa muito atípica e com essa
característica a minha história com o flamengo não podia começar de modo comum.
E para não ficar meio vago aqui, resolvi que vocês também deveriam ler.
Na minha casa meu pai e meu irmão são flamenguistas, minha
mãe diz não ter time, mas eu sei que ela é vascaína, por causa do meu avô. O
meu avô por parte de mãe e meus dois tios são vascaínos. Quando eu era bebê me
vestiam todinha de roupa do flamengo, até meias colocavam, mas aos quatro anos
meu avô chegou com um presente para mim. Ele me deu o uniforme completo do
vasco e eu amava andar com o uniforme do vasco. Foi nessa época que eu decidi
que era vascaína. Na verdade eu era vascaína na frente do meu avô e dos meus
tios, em casa eu me passava por flamenguista. Mas em certo ponto todos souberam
que eu tinha decidido ser vascaína.
Era uma briga dentro de casa quando tinha clássico do flamengo
contra o vasco, eu já defendi o vasco na minha vida, mas não era amor, paixão.
Era dizer que tinha um time. Eu nem ligava para futebol, eu era daquelas que
passava o dia brincando de bonecas.
E o tempo foi passando.
Quando eu estava com dez anos todos os jogos em que o
flamengo ia pra final, meu pai dava um churrasco e chamava algumas pessoas em
casa e eu ficava neutra entre todo mundo. Até que em um desses churrascos eu
entrei na bagunça, o flamengo ganhou o carioca do botafogo e fomos para uma
carreata, até aí todos estavam me zoando. Eu não lembro direito como aconteceu,
mas quando estávamos quase no final da carreata, em frente ao Malibu, eu estava
com a cabeça para fora do carro cantando o hino do flamengo.
Eu nunca senti nada igual o que eu senti naquele dia, vinha
do coração, era uma paixão imensa.
A partir de então eu comecei a gostar de futebol, acompanhava
tudo e amava o flamengo.
Mais quatro anos passaram e eu ainda era flamenguista, meu
avô estava desapontado e meu pai não cabia de felicidade. Eu defendia o
flamengo com unhas e dentes, amava o meu clube e tinha um desejo imenso de ir
ao maracanã ver o mengão jogar.
E foi em 2009 que eu fui a um jogo do flamengo pela primeira
vez, foi o último do maracanã antes de fechar para obras da copa, Flamengo
contra Santos, eu nunca vou esquecer aquele dia. Claro que depois desse eu fui
a alguns outros, mas a primeira ida ao estádio a gente nunca esquece.
No começo eu estava meio em dúvida se não era de momento, se
eu tinha voltado a ser flamenguista porque estava ali na comemoração e estava
indo com a bagunça. Mas não. Eu nasci flamenguista e eu vou morrer
flamenguista.
Eu mudei no meio do caminho para fazer pessoas felizes e
espero nunca mais fazer isso novamente. Esse ano faz oito anos que voltei a ser
flamenguista e mesmo quando está mal, o meu time me dá orgulho, porque eu amo.
Porque eu não tenho medo de sair com a blusa depois de uma derrota, porque é o
meu time e pronto. O meu time me faz ficar rouca, me faz chorar, me faz gritar,
me faz pular, me emociona, me deixa ter esse amor imenso dentro de mim, que
nunca vai mudar, nunca vai diminuir. Esse amor é para o flamengo e pronto.
Agora vamos para mais uma semifinal, vamos com toda essa
molecada para cima do Fluminense. Vamos lutar por mais uma taça do carioca e
vamos dar continuidade a essa temporada vitoriosa. Vai pra cima deles mengo!
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