segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Pobre carência

Prometi que não iria me pronunciar, afinal, sei que, qualquer coisa que eu disser pode me custar caro, no entanto, alguns minutos atrás li um texto do Mauro Beting, cujo assunto é o Valdivia, então eu refleti e resolvi expor a minha opinião.
No texto, Beting, fala sobre a carência do torcedor no que se refere a ídolos, e realmente essa carência é grandiosa. Vou usar o meu caso como exemplo, nasci em 1998, o Palmeiras ganhou a Copa do Brasil, em 1999 Libertadores, até então eu não me lembro desses títulos, era muito novinha,  assim como não me lembro do rebaixamento em 2002, mas lembro da amargura de 2012.
Nesses meus 17 anos de vida, vivi de amor ao Palmeiras, minhas emoções dependeram dele. Vi São Marcos jogar, se eternizar, tornar-se Santo, sem duvidas, um grande, eterno ídolo, um santo, digno de toda a minha devoção, melhor dizendo, nossa devoção. Mas o vi jogar por pouco tempo, suas dores começaram a dificultar, mas como todo Santo ele lutou contra seus obstáculos e jogou o máximo possível, amou o Palmeiras como nós torcedores amamos, esse pode ser chamado de ídolo, melhor de Santo.
Mas em 2008, quando eu realmente assisti um titulo, sim um Campeonato Paulista, quem estava lá: Valdivia, e em 2010 quando ele voltou era o cara cujo eu tinha tantas esperanças, mas talvez eu tenha errado, eu queria chamar o Mago de ídolo, mas um ídolo não se comporta assim, não faz sofrer, honra à camisa, não troca um jogo por uma garrafa de cerveja.
Talvez, nessa carência grandiosa, eu chamei o Mago diversas vezes de ídolos, chorei a sua saída, foi amarga demais toda essa novela para meu coração, eu busquei argumentos para justificar todas as suas atitudes, mas elas já não cabiam em nenhum contexto, eu já não tinha razão.
E no meio de tantos fatos, eu paro e penso, qual será o nosso próximo ídolo, será que nossa linhagem parou no Santo? Afinal, por mais que eu procure, eu vejo uma ausência não apenas no Palmeiras, mas em outros clubes também, o quão raro é um jogador jogar por amor, quando na verdade deveria ser a coisa mais comum. O futebol deveria ser movido assim por todas as suas imensas emoções e não pelos seus imensos milhões.


Por: Julia Tavares. Palmeirense. Futura jornalista.


Um comentário:

  1. Ola meninas, bom dia! Gostei do blog de vocês. Uma visão feminina sobre o assunto que homem diz entender e agora sei que mulher também manja muito de futebol. Que tal um bate bola? Indica o meu que eu indico a de vocês (ideia). Pensou o que? Então vai la o meu:
    http://sergionativo.blogspot.com.br/

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