quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O QUE FIZERAM COM O CORINTHIANS?




















Perder é normal, faz parte do jogo. Uma fase ruim também é normal, todos os times passam por isso. Não sou de fazer drama por uma derrota do meu time, até porque, como eu já disse, faz parte do jogo. Não gosto de quem acha que uma derrota é o fim do mundo. Não gosto do fato da boa fase do Corinthians ter atraído os torcedores modinha, que só estão com o time na vitória e na primeira derrota, já causam o maior alvoroço. Não gosto de quem xinga o time, deixa de usar a camisa, critica Deus e o mundo após um resultado ruim. Não gosto de torcedores de redes sociais. Aqueles que só aproveitam da boa fase, dos títulos, das vitórias, da alegria. Mas no primeiro tropeço, quer a cabeça de jogadores e técnicos. Não gosto de drama por causa de futebol. É claro que SER torcedor envolve um turbilhão de sentimentos. É amor, é alegria, é tristeza, é decepção. É o choro de raiva. É o choro da explosão de felicidade. É o choro de alívio. Mas não gosto do drama.

"Ué, mas se você não gosta do drama, por quê os dizeres de 'luto, acabaram com o meu time"? Simples. Isso não é drama. Qualquer Corinthiano percebe a bagunça que estamos vivendo. Mudanças são aceitáveis? Claro. São boas? Nem sempre, mas são necessárias. No nosso caso, não poderia ter sido pior. Mudanças no poder, na comissão técnica e no elenco. Começou com a saída do Tite. Cristóvão chegou e não deu certo. Oswaldo ocupou o cargo, mas foi embora em pouco mais de dois meses, nove jogos para ser mais exata. Uma semana depois, Fábio Carille foi confirmado como o novo comandante do time. 

Criticado, desacredito e desafiado. Assim começou 2017. Apesar de todo o caos, o Corinthians se levantou e fez uma das campanhas mais históricas. Além de ser campeão paulista e brasileiro, o Corinthians também bateu a marca de 34 jogos INVICTO. O Corinthians foi de "quarta força" a "time a ser batido". Em apenas um ano. Prova de que o tal "NUNCA SUBESTIME O CORINTHIANS" é, de fato, real. Uma mudança positiva após tanta negatividade.

Chegou 2018. Novamente, jogadores sendo vendidos a preço de um pão com mortadela. Novamente desacreditado. Novamente superando as expectativas. Apesar dos pesares, fomos campeões paulistas mais uma vez. E então começou, novamente, a fase de mudanças.. Carille aceitou a proposta dos dois caminhões de dinheiro oferecidos pelo Al Wehda. Observando o passado, o melhor a se fazer era manter o da casa, afinal já conhece o clube, a torcida, está no ''habitat natural". Osmar Loss assumiu. No começo, defendia fielmente. Como já disse, não gosto de drama e prefiro acreditar que as coisas podem melhorar se apoiarmos. Eu acreditava no Loss. Acreditava no potencial. Acreditava que ele poderia dar continuidade ao trabalho e manter o Corinthians no topo. Mas toda a positividade termina quando se torna burrice e teimosia. Osmar Loss NÃO ERA o ideal. Osmar Loss NÃO TEM o estilo do Corinthians. Ainda. Na base, indiscutível. No time principal, ainda tem muito a aprender. Começando pelo relacionamento com os jogadores. Os boatos de que não é "técnico de vestiário" ficou ainda mais evidente quando substituiu o Douglas no jogo de ontem. O camisa 30 nem olhou para o técnico. Loss saiu de campo demitido. Nem tomou café da manhã com o time hoje. Fico feliz que continue como auxiliar técnico, assim terá a chance de evoluir e, quem sabe um dia, chegar ao nível de Carille/Tite. Em um breve retrospecto: foram 25 jogos, entre eles 10 vitórias, cinco empates e 10 derrotas. 

Minha opinião: a culpa não é somente do Loss. A desorganização do time em campo é o reflexo da desorganização nos bastidores. Diretoria que, literalmente, acabou com o time. Comissão técnica que não se entende. Jogadores que fazem o que podem dentro das limitações e um certo "desgosto" com o a atual situação. Ah, e você, Corinthiano que ajudou a colocar Andrés Desman, ops.. Sanchez, no poder novamente, você também faz parte disso. Você também ajudou a destruir o nosso time. E se eu fosse você, teria vergonha de vestir o manto alvinegro. Coloque a mão na consciência e veja o caos que estamos vivendo. Caos promovido pelo "excelentíssimo presidente". E se preparem. Se até o final do mandato continuar desse jeito, vai ser difícil voltar ao lugar que merecemos ficar: O TOPO.

A pergunta que fica é: a que ponto chegamos? Quem esperava passar por isso, após tantas glórias e vitórias? Torço sempre pelo Corinthians e pela boa fase do time. Jamais deixarei de apoiar pela fase ruim. Mas não nos vejo brigando por alguma coisa esse ano. Esperança sempre. Apoio inquestionável. Mas uma dose de realidade não machuca. Para mim, o ano já acabou. Jair Ventura (entre os piores, talvez o mais aceitável) chega e eu só peço para que nos deixe confortável na tabela, buscando, pelo menos, uma vaga na Libertadores de 2019. 

Talvez esse seja o momento de nos reerguermos, nos reinventarmos e, então, ressurgirmos das cinzas. Assim como foi em 77. Assim como foi em 2012. Assim como em 2017. Para o ano que vem, que o amor pelo Corinthians fale mais alto. E que as mudanças sejam, novamente, positivas.

"Mesmo que a bola não entre. Mesmo que o estádio se cale. Mesmo que o manto sagrado desbote. Mesmo que a vitória esteja longe. SEREI CORINTHIANS. Seja longa a jornada. Seja dura a caminhada. Corinthians no peito e na alma. No grito e nas palmas".

VAAAAAAAAAAAAAAAI CORINTHIANS

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